Sinopse
Quentin Coldwater, um
aluno do liceu intelectualmente precoce, foge ao tédio da vida diária
lendo e relendo uma série de livros de fantasia passados num país
encantado chamado Fillory. Como toda a gente, o jovem parte do princípio
de que a magia não é real, até que se vê de repente admitido num
colégio de magia muito secreto e muito exclusivo, a norte de Nova
Iorque. Ao atravessar uma viela de Brooklyn, no Inverno, Quentin vê-se,
em pleno fim de Verão, nos terrenos do idílico Colégio de Pedagogia
Mágica de Brakebills e depois de passar por um difícil exame de
admissão, inicia um complicado e rigoroso curso de feitiçaria moderna,
ao mesmo tempo que descobre as alegrias da vida escolar: amizade, amor,
sexo e bebida. Porém, falta-lhe qualquer coisa. Ao mesmo tempo que
aprende a lançar feitiços, a transformar-se em animal e a adquirir
poderes com que nunca sonhara, Quentin descobre que a magia não lhe dá a
felicidade e a aventura com que sonhava.
A Minha Opinião
Pensava, talvez ingenuamente, que enquanto fã de Harry Potter, Os Mágicos seria o livro ideal para mim. As semelhanças estavam lá - rapaz insatisfeito com o mundo real que é aceite para uma escola de magia (é-vos familiar?) - e a inclusão de alguns elementos que tornavam, aparentemente, a história mais adulta, aliciou-me bastante. No entanto, e tal como explicarei ao longo desta review, fiquei desapontada (e um pouco irritada) com este livro.
Começando pelos aspetos positivos. O livro encontra-se dividido em 4 partes e a primeira é, sem dúvida, a melhor. Durante esta fase, Quentin inicia a sua formação mágica em Brakebills e temos a oportunidade de acompanhá-lo nas suas aulas e no seu dia a dia com os seus colegas (algo excêntricos, devo admitir). Foi a parte que mais se aproximou da magia que existia em Harry Potter. Era impossível não associar ao ambiente e ritmo de Hogwarts e o grupo de amigos - Quentin, Alice, Elliot, Janet e Josh - fez-me lembrar, em certos momentos, Harry, Ron e Hermione.
No entanto, mesmo em relação a esta fase da história, tenho de apontar alguns defeitos. No início ainda percebi a permanente insatisfação de Quentin e a sua necessidade de sair da rotina a que a sua vida se encontrava presa. No entanto, em Brakebills, essa atitude mantém-se, mesmo quando exposto a coisas que, na realidade, deveriam tirá-lo desse estado de espírito. No entanto, se este fosse o único problema a registar, eu até teria conseguido apreciar o resto da história. O pior é que também os amigos de Quentin padeciam do mesmo mal, mostrando-se especialmente apologistas do método de afogar as mágoas (acho que nem sequer se deva falar em mágoas, mas enfim) com todo o tipo de álcool a que conseguissem deitar as mãos. A história chegou a um ponto em que se centrava mais no tipo de vinho que estavam a beber do que propriamente nas aulas ou no que estavam a estudar.
Infelizmente, esta tendência continuou depois na segunda parte. Aqui as personagens já não se limitavam a consumir quantidades desmesuradas de álcool, optando por também experimentar todo o tipo de drogas a que tinham acesso. Resultado: um grupo de adultos irritantes que se comportavam como fedelhos mimados e que achavam que tudo era permitido, dado que essa é que era a verdadeira forma de aproveitar a vida.
O único sinal de recuperação da história surgiu com a sua ida a Fillory (já na terceira parte do livro). Nesta altura já estava farta das imbecilidades das personagens, mas ainda assim consegui achar alguma piada à sua aventura. No entanto, penso que apesar dos elementos mais fantasiosos, a história não conseguiu prender a minha atenção e ficou longe de me encantar. Para além disso, achei que nesta fase o cruzamento de mundos acabou por ser um pouco confusa em certos momentos e muito pouco apelativa.
Penso, muito sinceramente, que a última parte foi aquela em que deixei de estar tão irritada com Quentin (apesar de ele continuar insatisfeito com a sua vida). Parecia ter amadurecido um pouco e não estar tão preso a infantilidades, tal como tinha acontecido durante praticamente toda a história.
No geral, este livro foi uma desilusão. Penso que quem pega nesta história pensando que é uma espécie de continuação da magia de Harry Potter, mas agora num contexto mais adulto, ficará igualmente desiludido. É, essencialmente, uma história de pessoas imaturas, que bebem demasiado e que passam maior parte do tempo alcoolizados ou ressacados e que pensam que têm o direito de agir como lhes apetece, simplesmente porque são mágicos e porque não têm que lidar com preocupações mundanas como dinheiro. Para além disso, Quentin é, possivelmente, a personagem mais irritante que alguma vez encontrei num livro, fosse pela sua permanente insatisfação com o mundo, pelas suas crises existenciais ou pelo simples facto de ser um egocêntrico que apenas pensava em sí e que ignorava por completo os sentimentos dos que o rodeavam.
Em suma, um livro que dificilmente recomendo. Dou-lhe 2,5 estrelas pelo simples facto de ter gostado da parte de Brakebills, porque de outra forma daria menos.
7 comentários:
Ok, dúvidas esclarecidas:) Não vou ler o livro! Beijos
Depois de ver a tua opinião perdi completamente a vontade de ler este livro!
Junto-me à Catarina e à Cristina... Estou fora!
Parece que a ideia base era boa mas que foi totalmente deitada a perder...
Viva,
Depois de ler o teu comentário sem duvida um livro a evitar, no entanto tenho que te dar os parabéns pelo excelente comentário, está muito bom sem duvida ;)
Bjs e que a próxima leitura seja melhor :D
Olá olá
Pode ser mau o que vou dizer, mas fico satisfeita por conseguir poupar-vos a leitura de um livro que não merece muito o nosso esforço.
Não é uma grande história e o pior é que a sinopse induz uma pessoa em erro. Eu peguei no livro entusiasmada, mas no final estava já mesmo farta da história. É como dizes José, a ideia base parecia interessante, mas a coisa não se concretizou como eu esperava :S
Obrigado Fiacha e espero mesmo que as próximas leituras sejam melhores ;)
Beijinhos e boas leituras :)
Também vou passar ^^ hi5 virtual?
lol isto é que foi impacto do livro xD
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